O cenário da música progressiva da década de 1970 foi recheado de bandas que praticamente seguiam, como fosse regra, a tendência de faixas extremamente longas, normalmente ultrapassando oito ou dez minutos, quando não, ultrapassavam os vinte. Ou até mesmo compunham uma única peça que tomava um lado inteiro do vinil, ou os dois. Este fato é um grande atrativo para os amantes do progressivo; e eu confesso que sou um desses amantes que consideram as longas faixas como uma maravilha da música progressiva. Tanto que muitas vezes já deixei passar em branco diversos álbuns que continham apenas faixas pequenas. Confesso que algumas vezes me arrependi, em momentos posteriores, ao perceber alguns álbuns muito significativos, verdadeiras pérolas, que eu havia deixado pra trás. O presente álbum é uma dessas pérolas.
Das sete faixas desta obra, apenas uma ultrapassa os oito minutos, e das restantes nenhuma chega aos seis.
Eu diria ser surpreendente que L'Angelo, uma das mais belas músicas é a menor, e ela mal passa dos três minutos. Pois é, e não é daquelas que nos deixa com a nítida sensação de perda; ela é perfeitamente ajustada e belissimamente satisfatória.
Samandhi foi o que podemos chamar de super grupo, pois sua formação consiste numa reunião de músicos renomados, oriundos de bandas também renomadas do cenário progressivo italiano, tais como: L'Uovo Di Colombo e Raccomandata Con Ricevuta Di Ritorno Os integrantes conseguiram transmitir uma atmosfera muito agradável nas composições, cujas melodias fluem soltas e suaves. Os arranjos tomam corpo de forma clara, sem extremismos e exageros, compondo assim um belo conjunto.
Na última e grande faixa do álbum, a coisa toda muda de figura. Eis que surge algo como que um lobo destacado da matilha, forte e independente, uivando com toda sua fúria, num invólucro de temas fúnebres. Nas primeiras audições, pode soar um tanto estranho, algo difícil de degustar, mas aos poucos se percebe a natureza cheia de lirismo da melodia como um todo. Instrumental fantástico por toda a faixa, e, ao final, um glorioso coral repetindo por diversas vezes uma melodia encantadora, tudo na companhia da orquestração divinamente bem colocada.
Na deliciosa faixa Fantasia, deparamo-nos com o interessante fato de sermos remetidos a algo bastante familiar para os brasileiros: o "Tema da Vitória para Ayrton Senna". Me arrisco a dizer que alguém andou "fantasiando" a música do Samandhi quando compôs este tema. Ou não!
Na deliciosa faixa Fantasia, deparamo-nos com o interessante fato de sermos remetidos a algo bastante familiar para os brasileiros: o "Tema da Vitória para Ayrton Senna". Me arrisco a dizer que alguém andou "fantasiando" a música do Samandhi quando compôs este tema. Ou não!
05 - Fantasia
07 - L'ultima Spiaggia
MÚSICOS:
Luciano Regoli -vocal
Nanni Civitenga -guitarra
Aldo Bellanova-baixo, violão
Stefano Sabatini-teclados
Sabdro Conti-bateria
Ruggero Stefani-percussão
Stevo Saradzic-flauta, sax
MÚSICAS:
1-Uomo Stanco
2-Un Milion d'Anni Fa
3-L'Angelo
4-Passaggio di via Arpino
5-Fantasia
6-Silenzio
7-L'ultima Spiaggia
LINK:
http://www.multiupload.com/QO5AW3CP43
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