NIETZSCHE

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música". "Vida sem música é um equívoco". NIETZSCHE

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BARCLAY JAMES HARVEST-AFTER THE DAY: THE RADIO RECORDINGS-BBC SESSION-INGLATERRA 1974-1976






Fico imaginando como teria sido viver em Londres durante a década de 1970, e ter tantos shows fantásticos de boa parte das melhores bandas do mundo, tocando diretamente  no rádio ou na televisão, como um presente vesperal de um típico sábado ou domingo chuvoso.
Como consolo pra quem não vivenciou tudo aquilo, em 2008 foi lançado, pela Polydor, esse grandioso  registro de um precioso momento para apresentação radiofônica da BBC de Londres.

Ainda que a banda já tenha seu registro oficial no ano de 1974 - seu grande clássico ao vivo, e já publicado no blog -, a presente obra  tem valor significativo, pois além de incluir algumas faixas inéditas para o período, trata-se de uma releitura de antigos clássicos, embora alguns soem bastante semelhantes ao outro registro. Inclusive, a faixa Summer Soldier é quase uma cópia fiel da apresentação do álbum oficial de 1974 - ambas tocadas em meados do ano -, com mudanças muito sutis na execução dos instrumentos; ou seja, mais uma vez a banda se supera ao mostrar o quanto aperfeiçoava o entrosamento entre os músicos, o quanto estavam preparados pra apresentações ao vivo, naquele período. Além do mais, ainda me impressiono com a desconstrução que foi feita, da versão de estúdio para a versão ao vivo. Considero um dos maiores feitos da banda. Toda aquela energia, aquele arranjo fantástico e a harmonia do grupo são de tirar o chapéu. A última parte da faixa é simplesmente alucinógena, com aquele entrosamento, com a deslumbrante bateria e aquela guitarra entorpecedora. Um dos registros sonoros ao vivo mais bem entrosado que já ouvi.

Já ouvi algumas pessoas reclamando do excesso de baladas extremamente arrastadas da banda. Isso é um fato, mas convenhamos que era o estilo dos caras. Certamente quem reclama, o faz porque não é muito fã do estilo. Por outro lado, confesso que há algumas que poderiam carregar um pouco mais de peso, principalmente quando se trata da bateria, que, aliás, eu não entendo, pois apesar de ser um dos pontos fortes da banda até meados da década de 1970, algumas músicas deixam a desejar nesse ponto.


Ainda sobre a questão das baladas, foram elas que fizeram o BJH ser o que é, ou o The Moody Blues ser o que é, pois se observarmos o conjunto da obra dessas duas bandas - no que se refere às  décadas de 1960 e 1970, é claro -,  podemos observar que a maioria dos clássicos são exatamente nesse estilo.
Se por um lado essas duas bandas valorizavam muito o estilo balada, por outro, diversas bandas faziam justamente o contrário. Tudo gira em torno da afinidade que temos com determinados estilos. Citarei como exemplo a banda The Nice. Muitos consideram clássico o álbum de 1969. Na minha opinião, é um bom álbum, mas é repleto de exageros, tanto no andamento muito acelerado, quanto nos excessos de solos de teclados, intercalando com passagens lentas definitivamente chatas, extremamente insulsas. E o mesmo se dá para diversas bandas de estilo semelhante. O ELP é outra banda que exagera nos excessos de chatice. O que quero dizer com isso, é que cada um é bom no seu estilo, mas é muito difícil uma banda agradar a todos, e mesmo aos que ela agrada, ainda assim deixa a desejar em alguns pontos. Por fim, The Nice, ELP, The Moody Blues e BJH são bandas excelentes que tentaram cativar seus fãs da melhor maneira possível.




Em resumo, todas as bandas são necessárias, pois há fãs para todos os estilos. O BJH é uma banda extremamente necessária, e este lançamento é um registro essencial. Aproveitem.







O link está dividido em duas partes, pois o arquivo é imenso.


_01 - Summer Soldier


_04 - After The Day


_01 -For No One


MÚSICAS:

Disc 1

1. Summer Soldier 
2. Medicine Man 
3. Crazy City 
4. After The Day 
5. Negative Earth
6. She Said
7. The Great 1974 Mining Disaster
8. Paper Wings
9. For No One 

Disc 2 


1. For No One BBC Radio 1 John Peel Session 
2. Paper Wings BBC Radio 1 John Peel Session 
3. The Great 1974 Mining Disaster (BBC Radio 1 John Peel Session) 
4. Crazy City (BBC Radio 1 John Peel Session) 
5. Negative Earth (BBC Radio 1 Bob Harris Show Session) 
6. Sweet Jesus (BBC TV 'Old Grey Whistle Test' Live Studio Session) 
7. Hymn For The Children (BBC TV 'Old Grey Whistle Test' Live Studio Session) 
8. Crazy City (BBC Rock Around the World Series) 
9. Polk Street Rag (BBC Rock Around the World Series) 
10. Rock 'n Roll Star (BBC Rock Around the World Series) 
11. Suicide (BBC Rock Around the World Series) 



LINK:

http://www.mediafire.com/?5j90j6508ilt063   part 1

http://www.mediafire.com/?ui5isv3dcqcmch6 part 2



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

JORNAL VIRTUAL OLHO VIVO ENTREVISTA O HOFMANNSTOLL





O Hofmannstoll agradece à Márcia Tunes do grande blog CONTRAMÃO PROG ROCK e ao jornal virtual OLHO VIVO pela iniciativa de descortinar a história de uma seleção de blogs de música.
Para dar uma olhada na entrevista - que conta um pouco da história do Hofmannstoll -, clique AQUI. No final dessa entrevista, o visitante irá encontrar uma lista com os blogs que já foram publicadas nessa série. São eles: PROGROCKVINTAGE, EU ESCUTO, ENVOIYES-LA, EU OVO, PÂNTANO ELÉTRICO, STAY ROCK, PROG RESENHAS, DIFUSOR DE SOM, PLANETA PROGRESSIVO, CRIATURA DO SEBO, PROGRESSIVO VIVO, VALVULADO, MELOFILIAMURO DO CLASSIC ROCKBORDEL DO ROCK, OCTOPUSLAND, GRAVETOS E BERLOTAS, VENENOS DO ROCK, CONSULTORIA DO ROCK E IN MEMORY OF THE TRAVELLER IN TIME.
Não percam essa incrível série de entrevistas, cujas perguntas foram muito bem elaboradas, de forma a desenrolar precisamente as entrelinhas da intimidade dos blogs, apresentando aos leitores, de forma mais intimista, a faceta complexa que está oculta por trás das postagens. As histórias, os obstáculos, as idéias, as paixões, dentre outras coisas muito pertinentes, são apresentadas nessas agradáveis entrevistas, inclusive diversas dicas interessantíssimas de bandas e álbuns preferidos dos entrevistados. Confiram!

Vida longa à Marcia Tunes e ao jornal Olho Vivo!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SHADOWFAX-WATERCOURSE WAY-USA 1976




Seria uma falha injustificável se eu nunca postasse essa obra aqui no blog, pois ela contém uma das mais belas músicas que já ouvi. Em verdade, essa postagem já é uma justificativa, devido à demora, pois eu já adquiri essa pérola da boa música há cerca dois anos e meio. Deparei-me com ela, pela primeira vez, numa postagem do grande Mercenário Maldito do fantástico blog PROGRESSIVE DOWNLOADS (basta clicar no nome do blog para acessar uma resenha elucidativa e histórica do álbum em questão, cujo conteúdo praticamente esgota todo o tema, restando-me apenas ressaltar um ou outro ponto para não deixar o meu texto em branco).
Trata-se de um álbum concebido com muita competência, e por músicos excelentes que demonstram, ao longo de toda a obra, muita firmeza no trato com os instrumentos, além de incrível harmonia que aparenta muita experiência, tempo de dedicação e compromisso com a qualidade da concepção dessa maravilhosa viagem musical.
Não vou me alongar muito na tentativa de apresentar a história da banda ou mesmo a qualidade do álbum em si, por considerar que seria infrutífero e, até mesmo, uma perda de tempo, pois, como já disse, o tema já foi praticamente esgotado no PROGRESSIVE DOWNLOADS.
Conforme citado anteriomente, nesse álbum está uma das mais belas músicas que já ouvi. É a faixa intitulada A Song For My Brother. É uma música progressiva instrumental de altíssimo nível, cuja beleza  é formulada em torno de uma melodia liricamente majestosa; que toca profundamente, que faz parar pra pensar e eleva todo espirito. Há uma frase melódica que se desenrola no meio da faixa e, no final, retorna triunfalmente, trazendo consigo uma sensação de infinidade; e a beleza da música é intensamente multiplicada, sendo justificada pelo belíssimo arranjo que funciona como um tônico, dando a sensação de totalidade e de esgotamento das possibilidades da essência melódica. É realmente uma viagem alucinante. 
Por fim, deixarei as sábias e inspiradas palavras do meu caro amigo Mercenário Maldito, em relação à última e mais bela faixa do álbum: "A Song For My Brother" é a minha faixa preferida. Não apenas pelo belíssimo arranjo, mas essa composição "respira", "pulsa" é como se fosse um ser vivente, que evolui no tempo e no espaço. Não tenho como descrevê-la com absoluta fidelidade, somente ouvindo para entender, pois parece que toda a composição é uma grande brincadeira com a variável "tempo".      

_A Song For My Brother

MÚSICAS:

01. The Shape Of A Word (Stinson) - 7:29
02. Linear Dance (Stinson) - 5:51
03. Petite Aubade (Greenberg / Stinson) - 5:59
04. Book Of Hours (Maluchnik) - 6:37
05. The Watercourse Way (Greenberg / Stinson) - 6:04
06. A Song For My Brother (Stinson) - 9:41

MÚSICOS:

Chuck Greenberg: Lyricon, Saxophone, Flute, Oboe
Phil Maggini: Bass
Greg Stinson: Guitar, Sitar, Vocals
Doug Maluchnik: Piano, Electric Piano, Synthesizer, Harpsichord
Stuart Nevitt: Drums, Tabla, Percussion