NIETZSCHE

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música". "Vida sem música é um equívoco". NIETZSCHE

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

WALLENSTEIN-BLITZKRIEG-ALEMANHA 1971


02-The Theme

03.ManhattenProject


MÚSICOS:

Bill Barone - guitarra, vocal
Jerry Berkers - baixo, vocal
Jürgen Dollase - teclados, vocal
Harald Großkopf - bateria, percussão

MÚSICAS:

1. Lunatic
2. The theme
3. Manhatten Project
4. Audiences

LINK:
http://www.multiupload.com/0DVZ430QYH

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PELL MELL-MARBURG-ALEMANHA 1972



Eis o primeiro álbum do Pell Mell. Eis a elevação da beleza, da criatividade, da genialidade, do lirismo.
Nesta obra, aliás, em todas do Pell Mell é muito forte a presença de composições extremamente complexas, porém de agradabilíssima audição. São incríveis mudanças de ritmo executadas com muita propriedade; cada ritmo encaixando-se perfeitamente ao outro, formando, assim, obras de rara beleza.
Por todo o álbum, encontramos variados e magníficos solos que, de forma impressionante, são normalmente acompanhados por outro instrumento, e sempre tocados em canais distintos. Na maioria das vezes, é o órgão que faz este papel de acompanhante - dos violinos ou das guitarras -, em outras, o piano, e, ainda em outras, uma orquestração de mellotron.
A divisão dos instrumentos em canais distintos, é realmente interessante, pois permite uma agradável e fácil assimilação. Por vezes, ficam apenas a monstruosa bateria e o colossal baixo colocados em um dos canais, proporcionando uma sensação agradabilíssima.
Numa interessante observação, o amigo Roderick Verden, sugere que o Pell Mell - assim como Rick Wakeman e Focus - são os maiores "ladrões" de música clássica. Realmente não são poucas as referências que, inclusive, nos acomete de sensações de familiaridade, ora de fácil associação, ora de
intrigantes incertezas quanto à origem, devido a massificação da memória. São "assaltos" definitivamente saudáveis e vitoriosos, que , aliás, muitas das vezes, não são só da música clássica, mas também de bandas de rock anteriores a eles.
A faixa intitulada Moldau é a mais curta e a única instrumental. É uma de minhas músicas instrumentais favoritas. Se eu tivesse o privilégio de ter gravado esta maravilha, apenas a prolongaria mais cinco ou seis minutos, talvez mais outros dois para compensar a introdução, que reproduz sons de água corrente e cantos de pássaros, acompanhados por uma solitária flauta. Por sua beleza inexprimível, ocupará a posição privilegiada de vitrine no player desta postagem.


02-Moldau



MÚSICAS:

1-The Clown And The Queen
2-Moldau
3-Friend
4-City Monster
5-Alone

MÚSICOS:

Jorg Gotzfried-baixo e vocal
Andy Kirnberger-guitarra
Bruno Kniesmeijer-bateria
Hans Otto Pusch-teclados
Thomas Schmitt-violino, teclados, flauta e vocal
Rudolph Schon-percussão e vocal


LINK:
http://www.multiupload.com/TOA7KDBW33

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PELL MELL-ONLY A STAR-ALEMANHA 1978


As décadas se passam e sempre me pergunto se um dia estarão esgotadas todas as possibilidades de encontrar música de qualidade. Este é um monstro que apavora os meus dias. Penso que se assim fosse, parte de mim sentiria um enorme vazio; apesar de certa satisfação com as obras que já tive o prazer de conhecer.
Quando conheci esta banda, parei para analisar e percebi que este monstro ainda não é tão assustador. Volta e meia, me deparo com obras de tamanha grandeza, desta forma, afastando cada vez mais tal monstro.
Pell Mell é uma banda exepcional em todas as categorias relevantes para a denominação de grande grupo de rock progressivo. Independente de subjetividade, basta que observemos as linhas gerais que permeiam todas as obras, para a constatação de um conjunto de qualidades supremas.
Only a Star é o quarto álbum deles. Uma obra extremamente bem trabalhada, como sempre, tanto nos elementos vocais quanto nos instrumentais. São composições concebidas com muita propriedade, e arranjos de maturidade indiscutível.
Esta obra é um grande clássico do rock alemão, que se assemelha, em termos de nível de qualidade, ao primeiro álbum da banda (que logo estará postado aqui no blog), apesar de serem obras com estilos um tanto distintos, sendo este, mais voltado para o rock sinfônico.
O que este álbum mantém de essencial em relação ao primeiro, é principalmente a incrível capacidade que os caras tinham de compor verdadeiras pérolas da boa música, com rara e grande variedade de belíssimas frases musicais ao longo de cada faixa do álbum; e isto se dá de forma muito muito peculiar, sem perda de qualidade, resultando num conjunto naturalmente harmonioso e enxuto, como peças perfeitamente encaixadas.
Como poucas bandas, conseguiram manter o nível de qualidade até o final da década de 1970, tornando este álbum, mais uma peça deslocada no tempo, com firmes raízes na fértil base da década.
Terminarei por aqui, pois para guardar um pouco de meus "excessivos" superlativos (rs...) para a postagem posterior, que será do
primeiro álbum Marburg, que é, talvez, a obra prima da banda. Finalizo aqui, mas não sem, antes, reafirmar a grandeza deste álbum, e que poupo mais e melhores elogios, para que não soe repetitivo na próxima postagem.

01-Count Down


07
- Phoebus is Dead


MÚSICAS:

1. Count Down
2. Daydreamer
3. Only A Star
4. Across The Universe
5. Disillusion
6. Trailors In Movie Halls
7. Phoebus Is Dead

LINK:
http://www.multiupload.com/8ZS9QC50JY

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

RADIOMÖBEL-GUDANG GARAM-SUÉCIA 1978







SENSACIONAL!!!
Viagem garantida é o que encontramos nos acordes que passeiam por este álbum.
Enquanto as grandes bandas de rock progressivo definiam novos rumos sonoros - quando do final da década de 1970 -, o Radiomöbel faz o caminho inverso. O som remonta ao início da referida década, com arranjos intrumentais característico deste período, ou seja, um som que mistura crueza com melancolia, de forma extremamente melódica e limpa. Viagens espaciais de teclados e guitarras alucinantes, com levadas impressionantes da bateria, cujo timbre soa extremamente limpo e firme.
Temos a inclusão do vocal feminino bem característico de bandas folk, definitivamente suave e agradável; ainda que seja no idioma natal da banda, que creio não ser muito familiar para os brasileiros, funciona como um magnífico instrumento sonoro. Estão presentes em apenas três das sete faixas.
Gudang Garam está, sem dúvida, entre os melhores álbuns que já escutei. O clima geral é simplesmente alucinante, tendo, já na introdução da primeira faixa, uma deliciosa viagem que nos remete ao "lado escuro da lua".
O guitarrista é um fenômeno à parte; dedilhando todo seu feeling e virtuosismo, com uma característica incrivelmente melódica. Por vezes, assemelhando-se a Jeff Beck e a David Gilmor.
Além das faixas com vocal, o álbum é composto por magníficas pérolas instrumentais, com características progressivas do mais fino gosto. São viagens intensas que vão desde belíssimas baladas, à monumental suíte de 15 min cheia de mudanças de andamento.
Ouçam a faixa que incluí abaixo, para uma boa noção do poder de fogo desta banda maravilhosa. Sou suspeito pra falar, pois é um de meus estilos preferidos: guitarra sensacional e bateria precisamente perfeita.

05-Kylle


MÚSICOS:

Andrus Kangro -guitarra,
Carin Bohlin-vocal
Göran Andersson-baixo
Mikael Skoog -bateria
Richard Moberg-teclados

MÚSICAS:

01. Gudang Garam – Höstsång
02. Fasa
03. E-Matt
04. Vaggvisa
05. Kylle
06. Flugornas Morgon
07. Finalen

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

[REPOST] RENAISSANCE-RENAISSANCE-INGLATERRA 1969


Infelizmente recebi uma notificação alegando que esta postagem infringiu os direitos autorais da gravadora. Desta forma, comunico que o link para download não está mais disponível. Aconselho que os visitantes busquem outras formas de adiquirir esta obra tão fundamental, pois trata-se de um álbum indispensável para os amantes da música progressiva.

ESTE É O PRIMEIRO ÁLBUM DO RENAISSANCE, NA VERDADE DO PRMEIRO RENAISSANCE. SIM, POIS ESTA FORMAÇÃO NADA TEM DA QUE VEIO A PARTIR DE 1972.
TUDO COMEÇOU COM JIM McCARTY ( VOCAL E BATERIA ) E KEITH RALF
(VOCAL, GUITARRA E GAITA), AMBOS EX-
YARDBIRDS. CONVOCARAM JONH HAWKEN (PIANO), LOUIS CENNAMO (BAIXO) E JANE RELF (VOCAL), PARA FORMAR O PRIMEIRO PROJETO RENAISSANCE. ENTÃO LANÇARAM ESTE MAGNÍFICO ÁLBUM, DE CANÇÕES BELÍSSIMAS, COM INSTRUMENTAL EXTREMAMENTE HARMONIOSO E MUITO BEM EXECUTADO PELOS EXÍMIOS MÚSICOS. UMA BELA VIAGEM PELO UNIVERSO FOLK E PROGRESSIVO, COM PRECISO CARÁTER JAZZISTICO. UMA VIAGEM APIXONADAMENTE MELÓDICA, QUE TORNOU-SE MARCA REGISTRADA, INCLUSIVE, ATÉ O FINAL DA SEGUNDA FASE DO GRUPO.
SERIA INJUSTIÇA FAZER COMPARAÇÕES DESTE ÁLBUM COM OS QUE SURGIRIAM NA SEGUNDA FASE DO RENAISSANCE, PORÉM SERIA CONVENIENTE CITAR A IMPORTÂNCIA DESTA PRIMEIRA FASE, POIS FOI A PARTIR DESTA QUE TUDO COMEÇOU.
AINDA NA PRIMEIRA FASE, FOI LANÇADO O SEGUNDO ÁLBUM (ILLUSION), UM ÁLBUM DE CANÇÕES ANGELICAIS, DOTADAS DA MAIS PURA CRIATIVIDADE E SENSIBILIDADE NAS COMPOSIÇÕES. DESTE DESTACO A MÚSICA FACES OF YESTERDAY
QUE FIGURA EM MINHA VIDA COMO UMA DAS MELODIAS MAIS LINDAS, ALGO TÃO SINGELO FEITO UMA CANÇÃO DE NINAR...
SIM, AQUI TEMOS UM ÁLBUM QUE TRAFEGA PELAS VIAS DO MAIS EXTREMADO BOM GOSTO E FEELING SONORO.
QUANDO CONHECI A BANDA, LEMBRO-ME VAGAMENTE DE UM BOATO - CUJA VERACIDADE SERIA INCERTA - QUE RELATAVA QUE OS MÚSICOS QUE FORMARIAM A SEGUNDA FASE DO RENAISSANCE, PEDIRAM PERMISSÃO PARA USAR O MESMO NOME NO NOVO PROJETO, E QUE FIZERAM UM ANÚNCIO PARA CONTRATAR UMA VOCALISTA PARA O LUGAR DA DIVINA JANE RELF. PARA O TESTE VOCAL, SE NÃO ME ENGANO, FOI USADA A MÚSICA FACES OF YESTERDAY. SURGIU ENTÃO A ANNIE HASLAM, QUE, SEGUNDO O BOATO, (EN)CANTOU TANTO, QU FOI CONTRATADA ANTES MESMO DA MÚSICA TERMINAR.
MISTÉRIOS À PARTE, A HISTÓRIA DO RENAISSANCE É REALMENTE ENCANTADORA E APAIXONANTE. É A PERSONIFICAÇÃO DA PAIXÃO PELA MÚSICA, MUITO BEM REPRESENTADA PELO PRIMEIRO GRUPO, QUE INICIOU UM LINDO PROJETO; E PELO SEGUNDO, QUE NÃO SÓ DEU CONTINUIDADE, MAS ELEVOU O NOME DA BANDA AO MAIS ALTO PATAMAR DA ARTE MUSICAL.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

[REPOST] ILLUSION-OUT OF THE MIST-INGLATERRA 1977




OUT OF THE MIST É O PRIMEIRO ÁLBUM DA BANDA ILLUSION. EU DIRIA QUE ESTE É O TERCEIRO PROJETO RENAISSANCE. PARALELAMENTE AO SEGUNDO, FOI REALIZADO NO FINAL DA DÉCADA DE 1970 COM LANÇAMENTO DE DOIS ÁLBUNS: ESTE (1977) E ILLUSION (1978).

A FORMAÇÃO DESTE GRUPO É A MESMA QUE FUNDOU O RENAISSANCE EM 1969, COM EXCESSÃO DE KEITH RELF, QUE FALECERA AINDA NO ÍNÍCIO DO PROJETO, JOHN KNIGHTSBRIDGE NAS GUITARRAS E EDDIE McNEILL NA BATERIA, ASSUMINDO O LUGAR DE JIM McCARTY QUE FICOU A CARGO DAS COMPOSIÇÕES E DOS VOCAIS, QUE ERAM ATRIBUIÇÕES DE SEU ANTIGO PARCEIRO ( DESDE YARDBIRDS ), AO LADO DE JANE RELF.
ESTE ÁLBUM TEM SUAS PARTICULARIDADES, MAS SEGUE BEM A LINHA DO ILLUSION, SEGUNDO ÁLBUM DO RENAISSANCE. FACES OF YESTERDAY FOI REGRAVADA COM ARRANJO UM POUCO DIFERENTE DA PRIMEIRA VERSÃO, PORÉM MANTEVE A MESMA ESSÊNCIA.
O "TERCEEIRO PROJETO RENAISSANCE" NÃO ACRESCENTA MUITO EM INOVAÇÕES, PORÉM MANTÉM O CLIMA DE LINHAS MELÓDICAS MUITO AGRADÁVEIS. UM ÓTIMO ÁLBUM PARA QUEM CURTE MÚSICAS COM MELODIAS SUAVES E COM BONS ARRANJOS INSTRUMENTAIS E VOCAIS.


01 - Isadora









06 - Face of Yesterday






MÚSICAS:

1. Isadora (Jim McCarty) - 6:52
2. Roads To Freedom (Jim McCarty,John Hawken) - 3:51
3. Beautiful Country (Jim McCarty,John Hawken) - 4:20
4. Solo Flight (Jim McCarty,John Hawken) - 4:20
5. Everywhere You Go (Jim McCarty) - 3:16
6. Face Of Yesterday (Jim McCarty) - 5:42
7. Candles Are Burning (Jim McCarty) - 7:07





MÚSICOS:

- Jim McCarty - vocals, guitar, percussion
- John Hawken - piano, fender rhodes, mellotron
- Jane Relf - vocals
- Louis Cennamo - bass
- Jonh Knightsbridge - guitars
- Eddie McNeil - percussion, drums, bells
- Paul Samwell-Smith - vocals



LINK:

http://www.mediafire.com/?lwe5r5d4iw2jeld

domingo, 8 de agosto de 2010

ANIVERSÁRIO HOFMANNSTOLL

PARTÍCULAS DO SENTIDO



01 - Maraponga


É moçada, o HOFMANNSTOLL completa hoje seu primeiro ano de vida.
É uma data muito especial pra mim, pois o blog ainda está vivo apesar de tanta dificuldade para mantê-lo na rede. Sim, pois é necessário tempo para se dedicar às pesquisas e às resenhas.
O fato do blog ainda estar na rede também depende de um pouco de sorte, devido às constantes ameaças que pairam no ar, pois já presenciamos a lamentável morte de importantes blogs este ano.
Quero deixar meus sinceros agradecimentos aos visitantes do mundo inteiro, e, principalmente, àqueles que participam deixando seus comentários. Sem vocês, caros visitantes, todo este trabalho seria em vão. Muito obrigado!
Obrigado aos seguidores do blog: MERCENÁRIO MALDITO, RODERICK VERDEN, SR. DO VALE, ALBERTO JARDIM, LUCIANA AUN, GUSTAVO MENEZES, JCARLOSGV, MINERVA POP, FRED BENNING, ÉRICO CORDEIRO, MARCIO TAVARES, ELAINE, REFLEXOSESPELHANDOESPALHANDOAMIGOS, AYRES, MARIO (HISTORIADOR), DIEGO, HELDONBRASIL, CELIOSOM, VATAGA, OLEOS NOGUES, VEIO, ANDERS REJNESSO E MEU GRANDE AMIGO DIEGO ANDRADE.
Obrigado a todos que participam dos comentários, dentre outros: VASSAGO, IL TROVATORE, MARYES, MR. BIGTIME, CARLOS, NOSLEN ED AZOUS, REFLEXO D'ALMA E MEUS REFLEXOS, GABRIEL, KAOS Z, JF, JUKIO, CAMILA e meus grandes amigos J. Kimmings e Diego.
Obrigado aos meus parceiros Mercenário Maldito, Sr. do Vale, Roderick Verden, Il Trovatore e Diegão.
Obrigado Sr. do Vale pela permissão para usar as magníficas obras visuais do PARTÍCULAS DO SENTIDO para ilustrar o Hofmannstoll.
Obrigado a todos os blogs que têm o link do HOFMANNSTOLL em sua lista de blogs.
Obrigado Roderick Verden pelas grandes contribuições.
Obrigado à ROCKFLY pela parceria.
Obrigado Mercenário Maldito pela por sua grande ideia de sugerir a parceria nas postagens do HOFMANNSTOLL com o PROGRESSIVEDOWNLOADS. Obrigado por tudo, meu amigo.
Obrigado Diegão pelo seu carinho e por toda força que você me dá para manter o HOFMANNSTOLL vivo.
A paixão que tenho pela música é o motor incansável que me levou a criar o HOFMANNSTOLL. É o que me dá força para continuar em frente. Força para estar sempre numa constante busca de música de qualidade para poder divulgar. É uma enorme satisfação poder divulgar as obras que admiro. Este é o objetivo maior do HOFMANNSTOLL.


sábado, 7 de agosto de 2010

MIASMA AND THE CAROUSEL OF HEADLESS HORSES-PERILS-INGLATERRA 2005




O lamentável cenário de desvalorização da boa utilização da bateria no arranjo da maioria dos estilos musicais, fez com que eu me tornasse um cético quanto à produção de música de qualidade, a partir da década de 1980.
Eu tenho estado desanimado, diria preguiçoso, para ouvir o que se produziu a partir da citada década. Confesso que isso fez de mim um "radical", pois estou ciente de que posso estar perdendo a oportunidade de desfrutar ótimas obras que foram produzidas neste período. Acredito realmente que exista, porém desanimo em tentar, pois face a decepção quando deparo-me com timbres medíocres de bateria.
Felizmente, ultimamente tenho esbarrado em algumas preciosidades produzidas durante o período a que me refiro. Uma delas é o álbum que apresento agora.
O Miasma é uma espécie de "banda paralela" do grupo de rock progressivo Guapo (outra ótima banda do período citado acima). O guitarrista Daniel O'Sullivan e o baterista David Smith são os fundadores deste projeto que é todo instrumental.
O som do Miasma apresenta uma proposta que o distingue do Guapo, mormente pelas composições mais melódicas, além de ser caracteristicamente menos pesado. Há certo abandono da ótima influência crimsoniana (era Bruford), tão marcante no Guapo. Digo, "certo abandono", pois, até certo ponto, ainda se percebe tal influência.
Temos uma banda que é exemplar para a ideia de que nem tudo está perdido - como eu mesmo pensava. É exemplar, também, para que não aceitemos desculpas de músicos que nos empurram lixo sonoro, alegando que os tempos mudaram e que seguem tendências modernas. Ora, se o Miasma nos apresenta música moderna com qualidade - ressuscitação da bateria, melodias inspiradas, bons arranjos, etc. -, por que tanta porcaria se escondendo atrás desculpas ridículas? Com esse argumento, somos levados a crer que música moderna é sinônimo de ausência de qualidade. O Miasma surge para refutar essa noção. Apresentam uma música honesta e bem trabalhada. São melodias belíssimas num contexto sonoro magnífico, recheado de belíssimas viagens com violinos, e que dá muito trabalho para ser realizado. Talvez seja esse o ponto fundamental: trabalhar muito para produzir música de qualidade.

03 - Peacock the Heretic

MÚSICAS:

1. Blackening: Crows Templar
2. The Mage
3. Peacock the Heretic
4. Perilous Fathoms
5. Rabbits Foot
6. Whitening: Foxes Templar
7. Gypsy Funeral: Hark! From The Tombs A Doleful Sound
8. The Pale Staircase
9. Iridescence: Peacocks Tail
10. Asmodius Arise
11. Reddening: Blood of the Pelican
12. The Optician
13. Ouroboros: Phoenix Rising

MÚSICOS:

Daniel O'Sullivan-guitarra e harmonnium
Sara Hubrich-violino e viola
Orlando Harrison-piano e órgão
David Ledden-baixo
David Smith-bateria
Jamie Gomez Arellano-engenheiro de som

Participação:
Sarah Measures-flauta

LINK:

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

[REPOST] THE MOODY BLUES-DAYS OF FUTURE PASSED-INGLATERRA 1967



HÁ UMA DISCUSSÃO INTENSA A RESPEITO DE QUAL BANDA TERIA INICIADO O MOVIMENTO PROGRESSIVO. ENQUANTO NÃO SE CHEGA À UMA CONCLUSÃO - QUE TALVEZ SEJA IMPOSSÍVEL, POIS NÃO CREIO QUE TENHA SIDO ALGO PREMEDITADO, CERTAMENTE MAIS DE UMA BANDA O FEZ (SEM O SABER) -, EU GOSTARIA DE ADIANTAR UMA NOVA DISCUSSSÃO: NIGHTS IN WHITE SATIN
É O PRIMEIRO GRANDE CLÁSSICO DESSE ESTILO.
THE MOODY BLUES FOI UMA BANDA PIONEIRA EM DIVERSOS ASPECTOS. O FATO DE UM ÁLBUM DE ROCK SER GRAVADO COM O APOIO DE UMA ORQUESTRA SINFÔNICA, FOI ALGO QUE DEIXOU O MUNDO PERPLEXO; COMO EU AINDA ME SINTO HOJE, QUANDO OUÇO NIGHTS IN WHITE SATIN; SINCERAMENTE, SINTO COMO SE ESSA MÚSICA USURPASSE MEUS SENTIDOS...
PORTANTO, ESTE ÁLBUM ESTÁ AQUI, POIS POR SER UM MARCO NA HISTÓRIA DA MÚSICA, E NIGHTS IN WHITE SATIN, POR DESCONCERTAR A VÃ NOÇÃO DE DOMÍNIO DAS EMOÇÕES DOS AMANTES DA BOA MÚSICA, POR MAIS DE QUARENTA ANOS.

LINK:
http://www.multiupload.com/3J0F3CB76M

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

[REPOST] DEEP PURPLE-BURN-INGLATERRA 1974


Infelizmente este foi mais um álbum que teve que ter seu link excluído. Os detentores dos direitos autorais me comunicaram para o Google. Sendo assim, aconselho que busquem outra maneira de conseguir esta pérola da boa música.

Primeiro álbum da banda depois da saída dos magníficos Ian Gilan (vocal) e Roger Glover (baixo).
Após a saída dos dois, ficou a impressão de que seria o fim da banda, pois fora difícil imaginar a continuidade sem Gilan nos vocais. A banda tinha alcançado um sucesso estrondoso após ele ter assumido os vocais, com performances arrasadoras que deram ao grupo uma notória singularidade, tornando-os mais um dentre os ícones do rock mundial.
Para o bem dos amantes da arte sonora, surgiram os não menos magníficos David Coverdale (vocal) e Glenn Hughes (baixo e vocal). Ou seja, os dois passaram a dividir os vocais, dando uma nova cara ao grupo. Com uma força espantosa, a banda ressurgiu com uma sonoridade distinta, e sem perder a magnitude característica de outrora.
O álbum traz uma belíssima e criativa mistura sonora que trafega pelo blues, jazz e progressivo, com uma boa dose de swing. A virtuosa faixa de abertura, Burn, denuncia a agressividade de todo o grupo e, principalmente, de Coverdale nos vocais, além da genialidade de Jon Lord , que dá um significante tom de progressividade à música, com seus magníficos teclados. Aliás, a última faixa, "A" 200 é um progressivaço instrumental, também com a magnífica levada dos teclados se destacando.
O álbum todo é maravilhoso, com destaque especial para o clássico Mistreated. Um baita som alucinante com o sinistro vocal tenso de Coverdale e solos de guitarra entorpecentes de Ritchie Blackmore. Coverdale canta e "chora", magistral e melancolicamente como se colocasse todos os seus sentimentos pra fora, acompanhado e seguido, e perseguido pelos virtuosos solos de guitarra, com incríveis demonstrações de belas e imponentes melodias que trafegam do meio para o final da música, muito bem amparadas pelos instrumentos de base que recheiam todo o conjunto. Uma incrível demonstração da força do novo grupo, que reforçou sua capacidade de transformação, além da manutenção da qualidade musical que o manteve no patamar dos monstros do rock'roll.

MÚSICAS:

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' on Here
07. Mistreated
08. “A” 200


MÚSICOS:

Guitarra-Ritchie Blackmore
Vocal-David Coverdale
Teclados-Jon Lord
Bateria-Ian Paice
Baixo e vocal-Glenn Hughes