NIETZSCHE

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música". "Vida sem música é um equívoco". NIETZSCHE

terça-feira, 30 de novembro de 2010

[REPOST] ELETRIC LIGHT ORCHESTRA-FACE THE MUSIC-INGLATERRA 1975



A "face da música" apresentada pelo grupo ELO ( Eletric Light Orchestra) é realmente algo digno de menção honrosa em todos os cantos do mundo, durante os 35 anos passados desde o lançamento deste álbum incrivelmente belo e melódico. Aliás, beleza e melodia são características intrínsecas desta banda magnífica.
São arranjos muito bem elaborados eclodindo num clima espacial, cuja orquestração de cordas tem um papel fundamental tal qual um fermento que incrementa, aumenta e qualifica toda a estrutura musical.
Cada elemento é milimetricamente delineado; a estrutura melódica tem frequência irrefutável em cada instante do álbum, a tal ponto de gerar controvérsias quanto à reputação da banda sobre o posicionamento a nível comercial. A minha opinião é de que o ELO atingiu um nível de qualidade altíssimo em suas composições, o que lhes conferiu um nível de aceitação de grande escala, sendo, desta forma, confundido como banda de caráter pop comercial. Encaro isso como uma injustiça, um excesso de radicalismo; exatamente como aconteceu com o Supertramp. Nestas duas bandas, houve sim uma mudança no estilo, não para um enfoque mais pop, e sim para composições talvez menos elaboradas frente a um contexto progressivo apresentado outrora, porém foi alcançada uma excelência de qualidade das composições, o que eu diria que foi um ganho e não uma perda - pois já nesta época e posteriormente, assistiríamos mudanças de várias bandas para estilos de qualidade duvidosa. Mais vale uma banda que apresenta trabalhos incrivelmente satisfatórios e criativos, do que a pretensão de obras forçosamente progressivas, digo, sem qualidade, só para que continue enquadrada em um determinado contexto.
Eu diria ser impossível não se render à excepcional criatividade e sensibilidade de composições como Fire on Right, Evil Woman, Nightrider, Stranger Magic e One Summer Dream; quer seja no campo instrumental como no vocal. Nestas músicas, muito acima de suposto caráter comercial, estão a genialidade e qualidade capazes de suplantar quaisquer preconceitos.

01- Fire On High

03- Evil Woman

MÚSICAS:

01. Fire On High – 5`30
02. Waterfall – 4`27
03. Evil Woman – 4`19
04. Night Rider – 4`23
05. Poker – 3`31
06. Strange Magic – 4`29
07. Down Home Town – 3`54
08. One Summer Dream – 5`47

MÚSICOS:


LINK:

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PASSPORT-PASSPORT-ALEMANHA 1971


Há mais de um ano, no dia 19 de outubro, tive o enorme prazer de postar o álbum Cross Collateral, que é o quinto do Passport.
Hoje eu trago o primeiro álbum da banda. Este é um trabalho que se distingue relativamente do Cross Collateral, e também dos demais álbuns da carreira do Passport.
A grande diferença neste álbum, é que a formação da banda é totalmente distinta, com excessão do Klaus Doldinger, é claro. Já no lançamento do segundo álbum, somente ele permaneceu.
O que caracteriza este álbum, é o jazz-rock instrumental de sempre, mas com a presença um pouco maior do progressivo, em relação aos outros álbuns. Este fato pode ser percebido principalmente na primeira faixa, por conta de algumas variações interessantes no andamento da música.
É uma banda muito competente, que apresenta um som marcante, com o peso do rock alemão. São músicos bastante experientes e muito entrosados. Apesar do sax de Doldinger ter bastante destaque ao longo do álbum, a presença de todos os instrumentos é muito bem distribuída e altamente eficaz, com a atuação sempre respeitadíssima do baixo e da bateria; o que torna o som da banda uma ótima experiência.
A terceira faixa é uma deliciosa e curiosa homenagem ao Black Sabbath, tendo uma introdução que não deixa dúvida alguma, eu acho.

01-Uranus

03-Hexensabbat


MÚSICAS:
1. Uranus
2. Shirokko
3. Hexensabbat
4. Nostalgia
5. Lemuria's dance
6. Continuation
7. Madhouse jam

MÚSICOS:
Klaus Doldinger - alto, soprano & tenor saxes, keyboards
Jimmy Jackson - organ
Olaf Kübler - tenor saxophone, flute
Udo Lindenberg - drums
Lothar Meid - bass guitar



LINK:
http://www.multiupload.com/9AV9MO8UHY

MÚSICA BRASILEIRA-GERALDO AZEVEDO-BICHO DE SETE CABEÇAS






A partir desta data, vou postar algumas homenagens a músicos brasileiros. Desta forma, colocarei algumas músicas para audição on line.
Para a inauguração teremos Bicho de Sete Cabeças II, de Geraldo Azevedo, em duas versões: a original de 1979, do álbum Bicho de Sete Cabeças, com participação de Elba Ramalho; e a versão ao vivo instrumental de 1994, do álbum Geraldo Azevedo Ao Vivo.
Esta música é um clássico da música brasileira, e Geraldinho demonstra todo seu virtuosismo no violão, na versão instrumental. É realmente impressionante sua forma de tocar. Uma belíssima combinação de harmonia, velocidade e sensibilidade melódica, num arranjo maravilhoso para violão.



A música Bicho de Sete Cabeças serviu como inspiração para o nome do filme Bicho de Sete Cabeças, de 2001. Um agonizante e premiado filme, que foi inspirado no livro Canto dos Malditos, de Austregésilo Carrano Bueno, em que ele relata sua própria história. Estrelado por Rodrigo Santoro, o filme denuncia o caos social brasileiro, abordando temas muito relevantes, tais como: a intolerância e falta de preparo dos pais na educação de seus filhos, a hipocrisia da sociedade diante das drogas e a decadência do sistema psiquiátrico brasileiro.

Bicho de Sete Cabeças (ao vivo)


Bicho de Sete Cabeças II

Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça cresça e desapareça
Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé não tem cabeça
Não dá pé não é direito
Não foi nada eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de 7 cabeças
Bicho de 7 cabeças
Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça
Bicho de sete cabeças, bicho de sete cabeças

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PELL MELL-RHAPSODY-ALEMANHA 1975





Eis mais um magnífico registro desta banda extraordinária. É o terceiro, de um total de cinco álbuns de estúdio. O primeiro e o quarto já foram postados aqui no blog.
Para quem espera muita novidade, antecipo que a fórmula é a mesma dos álbuns anteriores a ele. O que para mim é um ponto fortíssimo, pois eles conseguem manter o nível de qualidade impecável, tanto na escolha das melodias, quanto na perfeita harmonia, e também nos arranjos.
Há quem diga que o Pell Mell não é original, por se apossar de passagens de obras consagradas da música clássica. Ora, quero que me apresentem um número razoável de bandas progressivas deste período, ou de quaisquer outros, que não se utilizaram dos mesmos artifícios para elaboração de suas próprias obras. Eu diria até, que este é um pressuposto básico do estílo "Música Progressiva Sinfônica". Em meu razoável conhecimento do estilo, vejo que há apenas bandas que são mais, ou menos influenciadas pela música clássica; que utilizam mais, ou menos passagens de obras dos grandes mestres do passado.
Quer seja, quer não, plágio, o que importa é que é música de qualidade, e de altíssima qualidade. De qualquer forma, são releituras que, em muitos casos, superam as própria obras originais, na minha opinião - como é o caso de The Moldau do primeiro álbum (já postado aqui, e com audição on line). É isto que importa. Eu, como amante do estilo progressivo, sou muito grato pelas bandas que fazem plágio ou, quer seja, alusão às melodias imortais da "Grande Música"; desta forma, fazendo da música progressiva, a "Grande Melhor Música".
Enfim, este é mais um maravilhoso registro desta magnífica banda.
Deixo duas amostras para audição on line, e chamo atenção para o solo de guitarra do minuto final da faixa Desert in your Mind.

05-Desert In Your Mind



06-The Riot



MÚSICOS:


Thomas Schmitt - flutes, violin, electric guitar, keyboards, vocals
Rudolf Schön - vocals 
Ralph "Flipper" Lippmann - guitars, keyboards, vocals
Cherry Hochdörfer - keyboards
Cornelius "Mitch" Fniesmijer - drums
Götz Draeger - bass

LINK:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SUNBIRDS-SUNBIRDS-ALEMANHA 1971


Pelas informações que tenho, Sunbirds é um projeto do renomado baterista alemão Klaus Weiss. Este seria o nome dado ao álbum e ao sexteto Klaus Weiss Sextet. Em 1972 foi lançado outro álbum (Zagara) cujo nome do grupo também é Sunbirds, em vez de Klaus Weiss Sextet.
Apesar de Klaus Weiss ter suas raízes musicais fincadas no solo do jazz, este é um raro registro de suas viagens musicais em que se enveredou um pouco mais para o fusion. Talvez influenciado pela mesma atmosfera que levou Klaus Doldinger, com o Passport, para o mesmo caminho, pois, ainda em meados da década de 1960, Weiss foi integrante do Klaus Doldinger Quartet. Coincidência ou não, o primeiro álbum do Passport foi lançado no mesmo ano do primeiro do Sunbirds.
Sunbirds é o resultado do ótimo entrosamento dos seis músicos envolvidos no projeto, numa bela apresentação que combina ótimas melodias com um feeling harmônico de muito bom gosto. Os instrumentos são dispostos num clima bastante suave, sem grandes exageros dos solos, que são muito bem distribuídos na estrutura de cada faixa. Uma guitarra bastante sutil, teclados muito bem colocados e a flauta sempre lindamente melodiosa compõem a estrutura melódica desta bela obra.
Os instrumentos de base (baixo , bateria e percussão), apesar de também sem grandes exageros, têm grande representação, com marcação forte, determinando um clima bastante descontraído e com muito swing. A bateria de Weiss cai como uma luva para o andamento das músicas. Maravilhosa!
São sete faixas agradabilíssimas, daquelas que podemos colocar para rolar durante uma tarde inteira de domingo, com boa companhia e um bom vinho, ou uma cervejinha bem gelada. Também no som do carro, indo pro trabalho ou durante um longo percurso da BR 040.


01-Sunbirds



03-Kwaeli



05-Blues for d.s



06-Sunrise



MÚSICOS:


Ferdinand Povel-flauta
Philip Catherine-guitarra
Klaus Weiss-bateria
Juan Romero-percussão
Fritz Pauer-teclados
Jimmy Woode-baixo



MÚSICAS:



1-Sunbirds
2-Sunshine
3-Kwaeli
4-Spanish Sun
5-Blues For D.S.
6-Sunrise
7-Fire Dance



LINK:
http://www.multiupload.com/MISHL79DH8

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

HAZE-HAZECOLOR DIA-ALEMANHA-1971



Foi realmente incrível a atmosfera musical que rondava a era inicial da década de 1970, dando continuidade à maravilhosa fase de ouro iniciada lá pelo final dos anos sessenta.
Algumas bandas foram tão afetadas por tal advento, que incorporaram mesmo o clima criativo obscuro que pairava no ar, criando obras magníficas, de sonoridade ímpar que, às vezes, somos capazes de determinar a data do lançamento do álbum, quase com precisão, logo na primeira audição. Virtuosos solos de guitarra, viagens sonoras de órgão, acompanhamentos magníficos de mellotron e timbre perfeito da bateria em andamentos singulares e harmoniosos, são alguns dos pontos fortes que marcaram esta época de sonoridade singular. Bons tempos que não voltam mais!

A grupo alemão Haze foi uma das bandas nascidas neste berço maravilhoso que marcou a história da música. Com apenas este lançamento, apresentam a musicalidade que reflete bem todos os pontos citados acima.
Os cinco integrantes da banda desenvolveram suas músicas com excelente performance individual, proporcionando momentos agradabilíssimos em cada faixa do álbum, além de impecável entrosamento com as estruturas de base, que são desenroladas com o peso do hard blues setentista e com influências da música progressiva.
A atmosfera do álbum é extremamente gratificante, do início ao fim, não havendo destaque muito gritante para um ou outro instrumentista, pois todos são realmente excelentes. É certo que as guitarras têm um peso considerável, porém são muito bem acessoradas por uma fortíssima marcação do baixo, que, por vezes, chega a soar como um instrumento percussivo. A bateria é sensacional, desempenhando um papel importantíssimo em todas faixas, sem dar muito descanso com suas fortes e harmoniosas viradas, típicas daquele período. Há também algumas aparições de flauta, com belíssimos solos, e do órgão, com um solo desnorteante na magnífica faixa  Be Yourself. O vocalista deixa sua marca com sua apresentação marcante e excêntrica, teatral.
A última faixa é um blusão "arrasa quarteirão", daqueles com merecidos solos alucinantes e vigorosos de guitarra; o baixão tremendamente percussivo dá o tom, desta pérola de mais de dez minutos, sempre acompanhado da mão pesada do baterista. Uma viagem alucinógena.
Este é mais um álbum obrigatório na coleção dos amantes de rock'n roll.

03 - Be Yourself


02 - Fast Career



MÚSICOS:


Hans Jurg Frei - Orgão, Guitarra
Kurt Frei - Bateria

Dietmar Low - Baixo

Christian Scherler - Vocal
Heinz Schwab - Guitarra solo



MÚSICAS:



1.Peaceful Nonsense
2.Fast Carer
3.Be Yourself
4.A Way To Find The Paradise
5.Decision 


sábado, 6 de novembro de 2010

EKSEPTION-MINDMIRROR-HOLANDA 1975



Ekseption é o tipo de banda que demanda certo conhecimento para que se faça uma resenha satisfatória, pois eles têm mais de uma dezena de álbuns (creio que quatorze), além de algumas coletâneas. Confesso que não detenho total conhecimento da história, nem mesmo da discografia, porém tenho a admiração suficiente, pelo que conheço, para o atrevimento de tentar delinear um pouco da trajetória da banda e toda sua sonoridade eclética.
Creio que por ser uma banda holandesa originária do final da década de 1960, já confere certa credibilidade; afinal, esta foi a era embrionária de grandes bandas e grandes realizações no mundo da música. O país também é responsável pelo surgimento de nomes de peso no cenário sessenta e setentista.
Rick van der Linden - que no futuro seria membro da banda Trace - foi o tecladista e grande líder deste grupo. Foi dele a genial ideia de determinar como marca registrada da banda, regravações de grandes obras da música clássica. Talvez seja a banda com o maior número de regravações oficiais dos grandes nomes da música clássica, tais como: Beethoven, Bach, Albinoni, Handel, Mozart, Tchaicovsky, Schubert, Grieg e Gershwin.
Os caras encontraram realmente a fórmula do sucesso fazendo tais regravações, porém também tiveram algumas músicas autorais durante a carreira. Era um grupo musical basicamente instrumental, apesar de, em alguns momentos de sua trajetória, ter incluído no repertório, algumas canções cantadas, no início da carreira.
O som da banda era bastante eclético, variando em temas clássicos, é lógico, com fortes raízes jazzísticas e rock'n roll. Um rico instrumental agradável, recheado de fino gosto e metais muito pertinentes. Apesar das interpretações de grandes obras da música clássica, não tinham o costume de gravar músicas demasiadamente longas. Poucas foram as que passaram dos sete minutos.
O álbum em questão, traz uma sonoridade peculiar na carreira da banda, devido à saída de Rick, que deu lugar a Hans Jansen nos teclados. Não houve uma drástica queda de qualidade, na minha opinião, pois o nível das composições e releituras foram excelentes.
Um dos fatores que mantiveram a qualidade da banda, foi a manutenção do bom timbre da bateria - fato que mudaria a partir do lançamento do álbum de 1976, que, apesar das belíssimas faixas, teve uma queda significativa, precoce, na minha opinião.
A última faixa, com pouco mais de dezessete minutos, é, também, algo inédito na história da banda.
O Ekseption não é uma banda que detém o privilégio de ter um álbum que poderíamos chamar de obra prima, porém, ao longo de seus vários lançamentos, eu diria que poderíamos garimpar ótimas pérolas da boa música.
A escolha deste álbum, deu-se em função da última faixa, que é uma longa e belíssima suíte e, principalmente, pela faixa Bouree, de Bach. Trata-se de uma versão tremendamente sensacional. Percebe-se aqui o nível de maturidade da banda, e toda a elegância e feeling que trafegam por cada acorde. Cada instrumento é milimetricamente delineado, definindo toda a perfeição e capricho, que culminam numa magistral execução da belíssima melodia. A bateria é simplesmente impecável, acompanhando todos os acordes em viradas sensacionais; um magnífico exemplo de harmonia perfeita. O único e imperdoável defeito, é o curto tempo reservado à faixa; é realmente lamentável; a faixa merecia, no mínimo, o dobro do tempo. Muito mais feliz foi o Jethro Tull, em sua apresentação.


Para mais informações sobre a banda, queiram visitar o magnífico blog PROGRESSIVE DOWNLOADS. Como de costume, o amigo e parceiro MERCENÁRIO MALDITO demonstrou extremo bom gosto, postando uma longa e genial coletânea da banda. Além de ótima resenha, o visitante será presenteado com versões de Tocatta, Adagio, Moldau e Ave Maria.
Não esqueçam de navegar pelo blog inteiro, pois irão deparar com o melhor da música de todos os tempos.
Aqui: PROGRESSIVE DOWNLOADS

02-Bourree



MÚSICAS:


1. Pick up the pieces (6:05)
2. Bourree (3:14)
3. Tramontane (4:17)
4. Electric swamp (4:04)
5. Ramses (1:00)
6. Mindmirror (17:28)



MÚSICOS:


- Rein van den Broek / trumpet
- Jan Vennik / saxophones, flute
- Cor Dekker / bass guitar
- Pieter Voogt / drums, percussion
- Hans Jansen / keyboards

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PACTO COM O DIABO: ROLLING STONES







Certa vez, o vocalista de uma das bandas de rock mais conceituadas, os Rolling Stones, tentou fazer contato com o diabo, na mesma encruzilhada que Robert Jhonson. Enfim, após diversas tentativas, no primeiro minuto do primeiro sábado do primeiro mês do ano 1971, o diabo decidiu se manifestar e conceder uma reunião.
Por horas a fio, deu ouvidos aos lamentos do performático vocalista:
_ Blá, blá, blá...
O diabo sempre atento: _ Humm!
E a bichona, quer dizer, o vocalista continuou:
_ Ora seu didio, já estamos há quase uma década fazendo sucesso - apesar de sinceramente não entender o porquê -, mas nunca conseguimos gravar uma canção à altura das verdadeiras grandes bandas... blá, blá, blá...
O diabo, com toda paciência, respondeu:
_ Mas o que querem que eu faça, eu não sou mágico.
A gazela, quer dizer, o vocalista, falou afoito:
_ Tenho uma canção que tem tudo para ser um grande clássico; o sr. bem sabe, é aquela que compuz após a última viagem com LSD que o sr. presidiu, como sempre.
O diabo ficou em silêncio por uns instantes, falando em seguida:
_Olha meu rapaz alegre, lembro-me bem, pois te guiei nesta hora, mas o que não entendo é o que quer que eu faça, pois eu também não entendo porra nenhuma de como fazer um verdadeiro clássico do rock'n roll...
Todos, o vocalista e os integrantes da banda que o acompanhavam, ficaram cabisbaixos. A bichola, oh..., o vocalista estava inconformado. Lamentou:
_Porra, vou ter que gravar esta pérola com voz e violão, ou talvez, com uma batidinha ridícula como acompanhamento para enrolar, ou, quem sabe, o Keith consiga enganar com um d'aqueles solinhos medíocres de sempre.
O diabo coçou a cabeça... e disse:
_ Meu menininho lindinho, acho que tive uma ideia. Vou tentar contato com uns caras que me devem uns favores. Sabe, sempre consigo uns favores, desde que dei inspiração a Hofmann e Stoll. Todos que usam LSD me agradecem muito por esta magnífica iniciativa.
_ Vou falar com eles amanhã. Acho até que vocês os conhecem, eles são a maior banda de todos os tempos, na minha opinião: Led Zeppelin!
No dia seguinte, em Londres mesmo, nos estúdios dos Beatles, onde estavam ensaiando sua nova canção Angie, a banda viu Page entrar pela porta, todo sorridente, acompanhado dos outros integrantes do Zep.
Não se sabe ao certo como foi que os integrantes do Zep aceitaram, ou o que levaram, para entrar nessa jogada, mas sabe-se apenas que no estúdio só ficaram a galera do Zep e a menina, que dizer, o menino Mick. O resto dos Stones foi para um barzinho tomar umas com o didizão.
Após umas duas horas, em que Mick ficou dormindo, o produtor dos Stones apareceu com uma fita que continha o instrumental de Angie, prontinho para Mick colocar o vocal.
Mick ficou tão alegre que correu para o microfone, com uma voz em falsete e começou a cantar... Assim se deu o nascimento do clássico.
Como forma de pagamento pelo trabalhinho, o didio determinou que os Stones jamais aprenderiam algo mais sobre música.
Assim foi. A partir deste dia, fizeram apenas algumas boas músicas, no máximo, e uma porrada de merda. Eles amargam, até hoje, a fama de maior banda de todos os tempos com apenas um clássico. Além de uma espera de dois anos, até o lançamento do álbum que incluiria a tão esperada faixa..




BY FAUSTODEVIL