O BJH é uma super banda inglesa de rock progressivo. Tiveram uma carreira intensa, com diversos lançamentos importantes, e outros, nem tanto; porém foram muitos os que contribuíram para consolidar a banda entre os grandes nomes do rock mundial.
A banda sempre primou muito pelos arranjos orquestrados e melodias sensibilíssimas. O primeiro álbum já foi gravado com uma orquestra sinfônica, a Barclay James Harvest Orchestra, que foi montada por Robert Godfrey - maestro, membro da banda e responsável pelos arranjos orquestrados das músicas. Ele recrutou jovens músicos da New Simphonia, que foi extinta pouco tempo depois. Além das gravações em estúdio, a orquestra acompanhava a banda em suas turnês.
Abaixo sigo com mais uma importantíssima participação de RODERICK VERDEN, cuja colaboração se deu como resenha de apresentação deste álbum magnífico - um dos mais importantes na carreira do grupo; um álbum repleto de melodias muito refinadas, viagens extraordinárias de mellotron e arranjos sensacionais para a referida orquestra.
Espero que gostem do álbum e da excelente resenha do ilustre colaborador do blog.
"Barclay James Harvest and other short stories" é o terceiro álbum da ótima banda Barclay James Harvest. Gravado em 1971, é o disco que mais gosto do grupo.
O disco começa com "Medicine Man" composta pelo guitarrista John Lees. Essa música é do estilo de "Mocking Bird" (minha música preferida do BJH). A orquestra domina a melodia, e temos também um bom trabalho do saudoso baterista Mel Pritchard. Não sou muito amante de orquestra, mas o BJH consegue usá-la com muita maestria, alternando entre canções orquestradas e outras com destaque para o mellotron. "Medicine Man" é minha predileta do álbum, uma música melancólica, de letra de cunho existencial, com um tema original, bem ao estilo do genial John Lees.
Na "Someone There You Know" é chegada a vez do mellotron predominar. A música foi composta pelo tecladista Woolly Wolstenholme, que, no meu modo de pensar, é disparado o melhor cantor do BJH, dono de uma voz bem suave. Uma boa música, mas simples - apesar do mellotron -, e sem solos.
"Harry'Song", de John Lees, curiosamente apresenta uma melodia, cujas notas, boa parte, são bem parecidas com as da música anterior. Quem acompanhou a trajetória do grupo, desde o principio, deve ter estranhado muito o vocal de John Lees, pois a partir de "Harry's Song" é que ele nos apresenta sua voz fanhosa (Vejam como há diferença em sua voz em "Medicine Man" e em "Harry's Song"). Outra melodia simples; o q eu mais gosto é o backing vocals no refrão.
"Ursula (The Swansea Song) é um som viajante e suave, com belíssimo trabalho de mellotron, composta por Woolly.
Depois temos duas músicas do baixista Les Holroyd, o voz fina do BJH. Inspiradíssimo, ele nos mostra lindas canções, com arranjos brilhantes - numa delas há a presença de uma orquestra bem agradável - e solos contagiantes, num estilo parecido com Crosby, Stills and Nash, só q mais progressivo, mais bem trabalhado.
As duas canções seguintes, "Blue Johns Blues" e "The Poet" foram, respectivamente compostas por John Lees e Wooly Wolstenholme. Muito boas, mormente "The Poet", na qual escutamos apenas o vocal do tecladista e uma eficiente orquestra.
E o disco encerra com chave de ouro, com "After The Day", de autoria de John Lees, mas com vocal de Wooly, novamente com o som alucinante do mellotron.
Meu disco é vinil inglês."
MÚSICAS:
1-Medicine Man (John Lees)
2-Someone There You Know (Barclay James Harvest)
3-Harry's Song (John Lees)
4-Ursula (The Swansea Song) (Barclay James Harvest)
5-Little Lapwing (Les Holroyd)
6-Song With No Meaning (Les Holroyd)
7-Blue John's Blues (John Lees)
8-The Poet (Woolly Wolstenholme)
9-After The Day (John Lees)
LINK:
Um comentário:
Meu vinil é capa dupla, mas não tem a segunda foto, exposta no post.
Obrigado, Fausto!
Abraços
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