NIETZSCHE

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música". "Vida sem música é um equívoco". NIETZSCHE

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

[REPOST] DEEP PURPLE-BURN-INGLATERRA 1974


Infelizmente este foi mais um álbum que teve que ter seu link excluído. Os detentores dos direitos autorais me comunicaram para o Google. Sendo assim, aconselho que busquem outra maneira de conseguir esta pérola da boa música.

Primeiro álbum da banda depois da saída dos magníficos Ian Gilan (vocal) e Roger Glover (baixo).
Após a saída dos dois, ficou a impressão de que seria o fim da banda, pois fora difícil imaginar a continuidade sem Gilan nos vocais. A banda tinha alcançado um sucesso estrondoso após ele ter assumido os vocais, com performances arrasadoras que deram ao grupo uma notória singularidade, tornando-os mais um dentre os ícones do rock mundial.
Para o bem dos amantes da arte sonora, surgiram os não menos magníficos David Coverdale (vocal) e Glenn Hughes (baixo e vocal). Ou seja, os dois passaram a dividir os vocais, dando uma nova cara ao grupo. Com uma força espantosa, a banda ressurgiu com uma sonoridade distinta, e sem perder a magnitude característica de outrora.
O álbum traz uma belíssima e criativa mistura sonora que trafega pelo blues, jazz e progressivo, com uma boa dose de swing. A virtuosa faixa de abertura, Burn, denuncia a agressividade de todo o grupo e, principalmente, de Coverdale nos vocais, além da genialidade de Jon Lord , que dá um significante tom de progressividade à música, com seus magníficos teclados. Aliás, a última faixa, "A" 200 é um progressivaço instrumental, também com a magnífica levada dos teclados se destacando.
O álbum todo é maravilhoso, com destaque especial para o clássico Mistreated. Um baita som alucinante com o sinistro vocal tenso de Coverdale e solos de guitarra entorpecentes de Ritchie Blackmore. Coverdale canta e "chora", magistral e melancolicamente como se colocasse todos os seus sentimentos pra fora, acompanhado e seguido, e perseguido pelos virtuosos solos de guitarra, com incríveis demonstrações de belas e imponentes melodias que trafegam do meio para o final da música, muito bem amparadas pelos instrumentos de base que recheiam todo o conjunto. Uma incrível demonstração da força do novo grupo, que reforçou sua capacidade de transformação, além da manutenção da qualidade musical que o manteve no patamar dos monstros do rock'roll.

MÚSICAS:

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down, Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' on Here
07. Mistreated
08. “A” 200


MÚSICOS:

Guitarra-Ritchie Blackmore
Vocal-David Coverdale
Teclados-Jon Lord
Bateria-Ian Paice
Baixo e vocal-Glenn Hughes




3 comentários:

Roderick Verden disse...

Muito bem feita a sua resenha, Fausto. Tenho o vinil nacional, comprado em 1974! Como na época eu emprestava meus discos, a capa não está legal e o disco chia. Em "Burn", na parte dos solos, dá um pulinho. Esse foi o primeiro álbum do Deep Purple q conheci. "Burn" é minha música predileta do Deep Purple. O riff de guitarra da citada canção, é um dos melhores q já escutei.
Abraços

faustodevil disse...

Saudações Roderick,

Obrigado pelo elogio, meu amigo. Também, pela participação. Você é sempre muito bem vindo com suas opiniões.
Este álbum é muito especial, portanto merece mais que minha modesta resenha. Creio que precisaria de muito, mas muito mais para me aproximar da essência desta obra. Ainda assim, passaria muito longe...eheh.

Um grande abraço e muita paz.

Faustodevil

faustodevil disse...

Postagem original de 28/11/2009