NIETZSCHE

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música". "Vida sem música é um equívoco". NIETZSCHE

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PELL MELL-ONLY A STAR-ALEMANHA 1978


As décadas se passam e sempre me pergunto se um dia estarão esgotadas todas as possibilidades de encontrar música de qualidade. Este é um monstro que apavora os meus dias. Penso que se assim fosse, parte de mim sentiria um enorme vazio; apesar de certa satisfação com as obras que já tive o prazer de conhecer.
Quando conheci esta banda, parei para analisar e percebi que este monstro ainda não é tão assustador. Volta e meia, me deparo com obras de tamanha grandeza, desta forma, afastando cada vez mais tal monstro.
Pell Mell é uma banda exepcional em todas as categorias relevantes para a denominação de grande grupo de rock progressivo. Independente de subjetividade, basta que observemos as linhas gerais que permeiam todas as obras, para a constatação de um conjunto de qualidades supremas.
Only a Star é o quarto álbum deles. Uma obra extremamente bem trabalhada, como sempre, tanto nos elementos vocais quanto nos instrumentais. São composições concebidas com muita propriedade, e arranjos de maturidade indiscutível.
Esta obra é um grande clássico do rock alemão, que se assemelha, em termos de nível de qualidade, ao primeiro álbum da banda (que logo estará postado aqui no blog), apesar de serem obras com estilos um tanto distintos, sendo este, mais voltado para o rock sinfônico.
O que este álbum mantém de essencial em relação ao primeiro, é principalmente a incrível capacidade que os caras tinham de compor verdadeiras pérolas da boa música, com rara e grande variedade de belíssimas frases musicais ao longo de cada faixa do álbum; e isto se dá de forma muito muito peculiar, sem perda de qualidade, resultando num conjunto naturalmente harmonioso e enxuto, como peças perfeitamente encaixadas.
Como poucas bandas, conseguiram manter o nível de qualidade até o final da década de 1970, tornando este álbum, mais uma peça deslocada no tempo, com firmes raízes na fértil base da década.
Terminarei por aqui, pois para guardar um pouco de meus "excessivos" superlativos (rs...) para a postagem posterior, que será do
primeiro álbum Marburg, que é, talvez, a obra prima da banda. Finalizo aqui, mas não sem, antes, reafirmar a grandeza deste álbum, e que poupo mais e melhores elogios, para que não soe repetitivo na próxima postagem.

01-Count Down


07
- Phoebus is Dead


MÚSICAS:

1. Count Down
2. Daydreamer
3. Only A Star
4. Across The Universe
5. Disillusion
6. Trailors In Movie Halls
7. Phoebus Is Dead

LINK:
http://www.multiupload.com/8ZS9QC50JY

8 comentários:

Noslen ed azuos disse...

Olá faustodevil, cara q maravilha, adoro Pell Mell e ñ tenho esta álbum, valeuuuu!

abração
ns

faustodevil disse...

Olá Noslen,

Seja benvindo. Que bom que gostou!

Abração!

Faustodevil

Roderick Verden disse...

É mais eclético q o primeiro disco, eu penso, até mesmo pelo trabalho de teclados:sintetizadores, pianos elétrico e acústico, mellotron; guitarras e violões... Mas é meio difícil dizer qual disco q é melhor. Do PM, creio q só falta um para a minha coleção, não estou bem certo, tenho q pesquisar.
Tenho costume de dizer q os maiores ladrões de música clássica do rock são: Rick Wakeman, Focus e Pell Mell. rs

faustodevil disse...

Grande Rodeick,

É meu caro, realmente eu fico na dúvida quanto à preferência. Conforme eu disse, fico entre o primeiro e este; talvez com uma queda maior para o primeiro.
O segundo, creio que tenha fugido um pouco à proposta do primeiro; normalmente a base bateria e baixo prolonga-se por mais tempo em andamentos mais acelerados. Eles optaram por um estilo com uma certa queda para o jazz; um tanto mais experimentalista, com melodias mais intrincadas, porém sempre com os constantes "assaltos" à música clássica.
No terceiro, eles retornam à antiga proposta.
Enfim, os quatro primeiros são magníficos.
Creio que tenham lançado outro em 1982, porém, devido ao meu notório "preconceito" quanto à referida década, ainda não conheço.

Um grande abraço e volte sempre.

Faustodevil

Roderick Verden disse...

Andei reescutando os três primeiros álbuns do PM e a conclusão q cheguei é q o q menos tem influências clássicas é o primeiro. Creio q o único roubo clássico do disco é a faixa "Moldau". E, diferentemente do q vc pensa, pra mim o q mais eles 'chupam' sons clássicos é o segundo. Bem, eu gosto muito de todos os cinco discos do conjunto. E vc, gostou do álbum "Moldau"?

Abraços

faustodevil disse...

Saudações Roderick,

Escutei sim, e o achei muito bom. Um álbum cheio dos ingredientes magníficos típicos da banda. Conforme eu suspeitava - daí vem o meu preconceito referente à década de 1980, até à atualidade -, o som da bateria muda; já não é mais o mesmo, apesar de não ser de tudo ruim. Já não tem mais aquele vigor de outrora; o timbre é outro. Já não acompanha cada mudança de ritmo com a mema qualidade. Aqui já vemos os primeiros indícios do rumo torto que viria, e, na minha opinião, um dos pontos fundamentais que mudaria a história do rock, a história da música. A perda da qualidade dos arranjos de bateria é, para mim, o divisor de águas não só da hitória do rock, como também da MPB e do jazz. Tudo soa com um nível de qualidade duvidosa.

Mas, conforme eu disse no início, é um belíssimo álbum. Você tinha toda razão, e eu lhe agradeço por ter indicado.
Não ouvi o álbum todo, pois a última faixa, que creio ser a maior, está corrompida. tentarei achar o álbum em outro blog.

Um grande abraço!

Faustodevil

Roderick Verden disse...

Oi Fausto,

Sinceramente, não tenho essa sensibilidade q vc tem pra captar com tanta particularidade o som da bateria...
Achei q esse álbum difere dos outros da banda, pois não há vocal, o violino, mais ainda a flauta doce(ou de pan- sei lá) é menos usado. Menos roubos de música clássica(rs).
Interessante é q vc sonhou com uma "Moldau" maior q a escutada no primeiro álbum, e foi feito uma suite de 18 minutos com ela(rs). Agora, não sei se foi do seu agrado...
Estranho a última faixa estar com defeito. Baixei o disco e tudo ocorreu normalmente. A faixa se chama "Dark Valley". Tem 15 minutos de duração. Pra mim, é a melhor do disco, com muita variação. A Luciana Aun q me deu o link, veja com ela.

Abraços

faustodevil disse...

Olá Roderick,

Cara, quando postei o primeiro álbum, e citei que acrescentaria mais tempo à faixa Moldau, nem sabia que haviam feito uma espécie de continuação, no último álbum. Para mim foi realmente uma surpresa maravilhosa, foi como se eu realmente estivesse em sintonia com os caras... eheh.
Gostei muito mesmo do álbum. Os comentários sobre a bateria, foi um desabafo. Não sei se você já percebeu, mas volta e meia toco neste assunto em minhas postagens. É algo que realmente me incomoda. Para mim, se a bateria for mal, tudo estará mal.
No último álbum, como eu disse, a bateria não é impecável, porém não chega a ser das piores, apenas acho muito simplória, porém cumpre bem o seu papel.
A faixa com 18 min me proporcionou uma viagem magnífica. Esta música realmente merecia esta versão; pena que demoraram muito para tomarem esta decisão, pois, com certeza, se fosse durante a década de 1970, seria muito diferente.
Sei lá, mas tente ouvir novamente a versão original e, logo após, esta.

Um grande abraço!

Faustodevil